segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

CASTELO DE SESIMBRA/SESIMBRA CASTLE


Sesimbra vista do Castelo

Sesimbra seen from the Castle

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O PAI NATAL

Todos os anos oiço alguém dizer o mesmo disparate: que o Pai Natal é uma americanice inventada pela Coca-Cola. E não sei se me irrite ou se sorria com condescendência...
O Pai Natal poderá não ter sido, até há relativamente pouco tempo, uma tradição enraizada em Portugal, mas o mito do Pai Natal é bem europeu (eurasiático, se quisermos ser rigorosos), visto que está ligado ao culto de S. Nicolau, que foi Bispo de Mira e é o padroeiro da Rússia. Não o tomámos simplesmente emprestado da América.
                O que poderia ter sido importado da América seria a imagem que temos do Pai Natal: o velhote gorducho de barbas brancas e fato vermelho e branco. Mesmo assim, não estou convencida. É verdade que depois de a Coca-Cola popularizar essa imagem, ela se tornou dominante, afastando todas as outras. Antes, o Pai Natal era representado de várias maneiras, incluindo essa. De resto, talvez essa escolha não tenha sido aleatória, como disse no meu comentário a um artigo sobre o Natal que a minha amiga Lia publicou o ano passado no seu blog. Poderão ler esse artigo e o meu comentário em:

E pode ser que um dia ainda me apeteça dissertar sobre o Halloween...

domingo, 19 de dezembro de 2010

SERRA DA ESTRELA

A Serra da Estrela no Verão...

Serra da Estrela in the summer...

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

SOL REFLECTIDO NO MAR NA COSTA DE CAPARICA/SUN REFLECTED IN THE SEA IN COSTA DE CAPARICA

Mais sol e mar...
Desta vez, na Costa de Caparica.

More sun and sea...
This time, in Costa de Caparica...

domingo, 5 de dezembro de 2010

TREM/CARRIAGE - EXPO 98

Esta foi tirada na Expo 98. Não recordo a que país pertencia o trem...

This one was taken during Expo 98. I don't remember to which country the carriage belonged...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

MEMOIRS OF A LIBERAL Epilogue (THE END) (TEMPORARY)



           A year later, I made Eugénia my wife. After all I’ve been through, my impulsive character gave way to a much more placid man. Maybe that’s why I don’t think that what I feel for her is the same inflamed passion with which Diogo loved Maria da Luz. But I adore her with a serenity that makes me profoundly happy to have her by my side. I know that I can’t expect from her the ardour with which she must have lived her passion for her first husband David either, but I wouldn’t trade her devoted love for anything in this world.
            If it hadn’t been for her, I might have never found myself again. It was she who taught me to accept the deaths of Diogo and Maria da Luz. Their loss is still cause of great suffering for me, but now I know that they fought for what they believed in and that even if we hadn’t won the war, it would have been worth it because we fought on the right side.
            In the precise moment when I’m writing these lines, sitting on a small sofa in my humble living room, Eugénia sits in a sofa opposite my own, embroidering a monogram upon one of my handkerchiefs. On the floor, Pedro Miguel, the son that God has presented us with three years ago, is playing with Cecília, who comes to visit now and then. We gave him the name of the two warring princes as a way to symbolize our wish that in the future, there may be unity and that problems can be solved without war.
            Although she did not go to work for my Father again, Cecília kept up with his situation. We found out from her that after selling the Roseiral, my Father’s health started to wither and he eventually died, but not without sending for Cecília, who he instructed to ask for my forgiveness. I forgive him because I know that Luz and Diogo, wherever they are, certainly bear him no grudge.
            When I look at my son, I can’t help thinking that if the son of Maria da Luz and Diogo had lived, he and little Pedro Miguel would be friends as inseparable as Diogo and I were.
            Despite everything, I am happy. I have a devoted family and I have hope that all I did will allow my child to grow up in a more just world. I hope I have wisdom enough to teach him to always fight for what is right, but avoiding whenever possible bloody and deadly conflicts like the ones Diogo and I were a part of.

THE END

terça-feira, 30 de novembro de 2010

MEMÓRIAS DE UM LIBERAL Epílogo (FIM) (PROVISÓRIO)

Um ano mais tarde, fiz de Eugénia minha mulher. Depois de tudo o que passei, a minha personalidade impulsiva deu lugar a um homem de espírito muito mais sereno. Talvez por isso, acho que o que sinto por ela não é a mesma paixão inflamada com que Diogo amou Maria da Luz. Mas adoro-o com uma serenidade que me faz profundamente feliz por a ter perto de mim. Sei que também não posso esperar dela o ardor com que deve ter vivido a paixão por David, o seu primeiro marido, mas não trocaria o seu amor dedicado por nada deste mundo.
            Se não tivesse sido ela, talvez eu nunca me tivesse reencontrado. Foi ela quem me ensinou a aceitar as mortes de Diogo e Maria da Luz. A sua perda ainda me causa grande sofrimento, mas agora sei que eles lutaram por aquilo em que acreditavam, e que mesmo que não tivéssemos vencido a guerra, tudo teria valido a pena porque lutámos do lado certo.
            No preciso momento em que escrevo estas linhas, sentado num pequeno sofá na modesta sala da minha casa, Eugénia encontra-se num sofá em frente ao meu, a bordar um monograma num dos meus lenços. No chão, Pedro Miguel, o filho com que há três anos Deus nos brindou, brinca com Cecília, que de vez em quando nos vem visitar. Demos-lhe o nome dos dois príncipes em conflito como forma de simbolizar o nosso desejo de que, no futuro, possa haver união e que os problemas se possam resolver sem guerras.
Embora não tenha voltado a estar ao serviço do meu pai, Cecília manteve-se a par da sua situação. Soubemos por ela que, depois de vender o Roseiral, a saúde do meu pai começou a definhar e ele acabou por morrer, não sem antes mandar chamar Cecília, a quem pediu que solicitasse para ele o meu perdão. Perdoo-lhe porque sei que Luz e Diogo, onde quer que estejam, não guardam, com certeza, rancor contra ele.
Quando olho para o meu filho, não posso deixar de pensar que se o filho de Maria da Luz e Diogo tivesse sobrevivido, ele e o pequeno Pedro Miguel seriam amigos tão inseparáveis como eu e Diogo.
Apesar de tudo, sou feliz. Tenho uma família dedicada e tenho esperança de que tudo o que eu fiz tenha contribuído para que o meu filho cresça num mundo mais justo. Espero ter a sabedoria para o ensinar a lutar sempre pelo que é certo, mas evitando, sempre que possível, conflitos sangrentos e mortíferos, como aqueles de que eu, Diogo e Maria da Luz fomos protagonistas.
 
 
FIM