segunda-feira, 5 de julho de 2010

SINTRA




Era inevitável. Ainda que sem o engenho de outros maiores, um dia, também eu teria de cantar a Sintra a que Lord Byron chamou “glorious Eden”.
Votem, comentem...




Sintra das brumosas madrugadas
Do palácio no alto da Pena
De alma acolhedora e serena
Doces travesseiros e queijadas.
.
Os teus verdes eternos tesouros
Avisto-os da alta colina
Onde mora o Castelo dos Mouros,
E contemplo das velhas ameias
Sob o manto de espessa neblina
A História que te corre nas veias.

Com teus palácios, quintas, convento,
Sintra da serra, da vila e do mar,
Onde me dou às garras do vento
Que traz o canto de uma andorinha,
E eu consinto em naufragar
No afago da brisa marinha.

As tuas nascentes cristalinas
Já falham nas fontes em ruínas
Mas o tempo em ti não desvirtua
Os encantos que sempre foram teus,
E é porque há em ti, Monte da Lua,
Afectos que sempre serão meus,
Que por todo o sempre eu serei tua.

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