quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

NATAL


Este poema foi escrito há quase quinze anos, mais ou menos por altura desta quadra festiva, e felizmente, o meu estado de espírito é hoje bem mais risonho...

Flocos de alegria
Incendeiam os corações
Mas gelam-me a alma

A branca neve
tinge-se de vermelho.
São as feridas
Abertas no meu peito.

Cânticos rejubilantes
Ferem-me os ouvidos
Como violinos.

A dor rasga-se
Dentro de mim
E Rasga-me
E eu morro já sem dor,
Sem medo,
Sem arrependimento.

Sem comentários:

Enviar um comentário